No dia 4 de Dezembro o Café da Alegria acolhe um jantar de benemerência, iniciativa de que o seu proprietário foi o mentor.
Excelente momento para conhecer melhor o autor desta benemérita acção.
Bruno Soares nasceu em Miragaia, Porto.
Desde muito novo que está ligado à restauração.
Começou a trabalhar aos 15 anos no conhecido “Maré Alta” (primeiro no “Cais de Gaia”, depois no ”Cais das Pedras” e mais tarde no “Passeio Alegre”).
Depois foi para um “pão-quente”: “O Rei do Candal”.
Por volta de 1994 estabeleceu-se, criando o seu próprio negócio, o “Café Companhia”, na rua de Salgueros, Canidelo, Vila Nova de Gaia, onde permaneceu durante dez anos.
“Foi a casa que mais me marcou. Ainda hoje tenho clientes que me procuram, de propósito”, recorda.
Ao mesmo tempo explorava o bar de uma colectividade, o “Centro Cultural Arca de Noé”, em Gaia, onde foram realizadas muitas festas, sobretudo “noites de fado”.
Em 2008, foi explorar o “CSI” (exactamente as mesmas iniciais da famosa série norte-americana), na rua de Santo Ildefonso.
É, no entanto, em 2009 que se lança num projecto de maior dimensão, passando a gerir o Café da Alegria.
“Foi uma aposta arriscada porque era necessário mudar radicalmente a forma de funcionamento. Fiz algumas obras de beneficiação e sobretudo investi na criação de uma nova imagem para atrair clientes de forma mais diversificada”, diz.
O sucesso desta decisão foi conseguido.
Hoje, o café da Alegria é um espaço diferente, acolhedor e onde se está como na sua própria casa.
Para esse êxito muito contribuiu a sua mulher, Sónia Cristina.
Mas nem mesmo a sua filha, Adriana, com apenas 11 anos, deixa de dar uma ajuda.
“Somos uma equipa, pessoas simples, que damos o melhor para tratar os nossos clientes com respeito e com vontade de os servir bem e estamos agradecidos a todos os que nos têm ajudando e incentivando a irmos para a frente”, salienta Bruno Soares.
Na cozinha, a dona Susana, é também uma dedicada colaboradora, bem como, no atendimento, a Mónica, uma jovem estudante universitária cabo-verdiana a frequentar a universidades Lusófona.
Para além do serviço de cafetaria e petiscos, o “Café Alegria” serve refeições económicas e as famosas “francesinhas à Alegria” que fazem as delícias dos mais jovens.
Os serviços de casamentos, baptizados e festas são outra das ofertas.
“Ainda há pouco tempo organizamos o ‘Jantar do Bigode’ da ‘Faculdade de Belas Artes’ (26 de Novembro) e temos tido muitos casamentos”, refere Bruno Soares.
Finalmente, o fado. O “vadio” - como o Bruno gosta de sublinhar – com lugar cativo todas as quinzenas.
“A minha ‘casa’ está aberta aos fadistas que desejem ter uma contacto próximo com o público habitual e com outras pessoas que podem vir a apaixonar-se por um género musical que é único no mundo; mas também fico feliz quando os estudantes da ESMAE organizam um inesperado espectáculo o que para mim é sempre um motivo de orgulho; ou quando é preciso colaborar com associações que prestam ajuda aos mais necessitados”.
Descontraidamente dê uma “espreitadela” ao “Café da Alegria”, sinta o afecto de quem o atende e sinta o bom clima de “uma casa portuguesa”. Com certeza.